terça-feira, 25 de agosto de 2009

o amor



Hoje perguntaram-me o que era o amor…Pergunta incrédula, que me fez voar para o Mundo da reflexão, não pondo de parte a tua figura doce e calorosa.
Tentei adequar palavras que exprimissem o que esse sentimento traz de tão valioso para meros seres humanos como nós. E pensei em ti…no teu olhar, no teu vulto, no teu mágico toque.
A caneta que minhas mãos seguram, começou a derramar tinta…podemos retratá-lo como doce e amargo..como uma janela aberta à felicidade, ou uma porta que nos fecha no beco da dor. Como duas mãos dadas que se desenham por montes e vales, ou dois corações que se separam ofuscados pela lágrima que corre rosto abaixo.
O amor..pode ser tanta coisa, um conjunto de antónimos e sinónimos que se entrelaçam entre si, não deixando que nada os desuna. Mas se pensar em ti…pensar mais um mero minuto, retratarei este sentimento tão vasto com adjectivos mais fugazes, ardentes, ditosos. Retratarei como o sorriso que se esboça em nossos lábios, o brilho no olhar que não hesita em resplandecer iluminando o nosso rosto, a “impressãozinha” na barriga que sempre teima em nos fazer ficar nervosos quando admiramos o vulto um do outro. Diria que o amor abre caminhos rumo a sentimentos inexplicáveis, antes desconhecidos, que nos fazem elevar ao mais alto auge da felicidade. Mas este sentimento, num pequeno segundo que o relógio marca, pode revirar-se de tal forma que todos os adjectivos, as palavras, as descrições subjacentes a ele se modificam, originando um ciclo vicioso de onde nem sempre conseguimos escapar. O amor…permaneceria aqui dias, meses e até anos se quisesse exprimir toda a sua descrição, toda a subjectividade a ele inerente, todas as opiniões espalhadas por esse Mundo fora. Poderia desenhar a felicidade que imerge nele quando ficamos apaixonados, o medo que o rodeia quando o sexo o quer ilustrar, ou a dor que fica quando somos rejeitados, deixados ou traídos. Se há sentimento mais delicado e complicado de retratar, diria que é o amor. Que é esse sentimento tão enigmático, mágico, que vem de um não sei onde, para um não sei o quê. Ninguém ousaria a proferir apenas uma palavra que o descrevesse…estaria redondamente enganada. Podemos apenas reflectir sobre ele, sonhar e sermos ousados em arriscar a descobrir o que ele tem para nos oferecer.

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