segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Dor


hoje acordei envolta em dor..dor de tanta coisa, que me torno um ser insignificante ao tentar identificar de onde parte este sentimento tão vasto. Estico a mão ao encontro de amparo...do abraço perdido que ficou para trás, à espera que um dia fosse ao seu encontro...Mas parece ser em vão... O céu escurece e as quatro paredes que me circundam, parecem aproximar-se de mim, entalando-me num beco da solidão. faço ecoar a minha voz, mas estou rouca..rouca de dor, de sofrimento, de forças... Apenas se soltam pedaços da escrita que a caneta de tinta azul ainda teima em largar.

Tudo ao meu redor ficou sem sentido... Não há céu com estrelas, não há o doce e o amargo, não á a primavera e o verão..Tudo ficou deveras sombrio. as lágrimas correm-me rosto abaixo, mais salgadas que o habitual...as horas de sono perdidas, envoltas em controvérsias sem um único sentido, fazem.se reflectir nos inchados olhos que fazem petrificar o meu rosto. Tudo parece estar denegrido em dor.. Por momentos, paro para pensar em momentos de felicidade que se tenham cruzado na minha vida. Mas parecem tão longíquos, parece que a barreira que me separa deles teima em não me querer deixar passar... deixo as marcas das sandálias que acolhem os meus pés para trás.,.e tento não mais olhar. Mas será que existe um rumo para a frente? será que os meus pés, cansados de caminhar por entre calçadas gélidas me deixarão continuar o caminho? procuro incessantemente respostas incrédulas, que jamais me deixam transparecer de novo o sorriso que me iluminava.

para onde quer que a estrada mude de direcção, os sonhos que em outrora divagavam sobre a minha mente, caminharão comigo, na esperança de que um dia tudo volte a ser o que era.

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