segunda-feira, 4 de maio de 2009

Saudade


Hoje senti o sabor da saudade. O sabor amargo de não estares a meu lado, da tua presença não perseguir cada passo meu, cada gesto que se solta do meu ser que hoje, se denomina de solitário. A Lua lá fora chora, derrama lágrimas de sal que caem no Oceano cheio de tormentos e angústias. Saberás algum dia a falta que me fazes? Sinto falta do teu olhar meigo que me aquece a alma, do teu sorriso que nestes dias de calor parece ainda mais deslumbrante, fazendo ecoar o cantar dos pássaros no mais belo dia de primavera. Sinto falta da tua palavra reconfortante, que me pede de mansinho para a calma me invadir, ou aquela que me faz sentir cada vez mais amada, elevando-me ao espírito de pura melancolia. A tua ausência abre uma ferida em mim, faz-me não querer aquilo que quero, faz amargo o que deveria ser doce. Seria tão belo o romance onde, todas as manhãs, despertava contigo ao meu lado, envolvendo-me em teus braços consoladores e sorrindo para mim fazendo o meu dia começar da melhor forma. Como tu és capaz de sorrir sempre para a vida, de tornar tudo numa grande ópera afinada. Se soubesses o quanto estás inserido no meu ser, o quanto o meu corpo te deseja ou meus lábios necessitam dos teus… Talvez saibas, mas não o tanto que deverias saber. A cada dia que corre, por entre amanheceres que se tornam tardios por ambicionar demais sonhar contigo, a saudade aumenta em meu peito, deixando um aperto que tento desprender. Mas não sou capaz…Torno-me num ser deveras incapacitante querendo matar esta saudade. É-me inalcançável a verdade de não te ter aqui. De não te poder dizer o quanto te amo ou, simplesmente, fazer-te cócegas vendo teus olhos brilhando fixando os meus. Consegues ser um tudo tão completo, um vício ao qual ainda não arranjaram uma cura. A tinta que derrama pela caneta que se esconde em minhas mãos, apenas quer sussurrar-te de baixinho que sinto uma imensa saudade, levar-te um longo e doce beijo pela estrela mais iluminada… Passar a mão pelo teu vulto solene e pronunciar de baixinho que te quero. Mas encontras-te demasiado longe. Apenas me resta oferecer-te estas palavras, que soltaram em mim como breves cânticos e te levam um terno momento daqueles que só nós sabemos ter.

1 comentário:

Izaya (Chris) disse...

gostei do texto!!
ahah em esperavas que fosse eu xD
ya mas curti,boa organizaçao..da para pessoas se reconhecerem mesmo dentro do proprio texto.
Continua ;)